Como ser incrível, de Luiz Mauricio Azevedo, reúne contos que caminham entre a psicanálise, as questões raciais e críticas contundentes a uma sociedade desigual. Com um humor, inteligência e precisão estética, muitas vezes comparados aos contos de Nelson Rodrigues, o livro aborda questões sobre a sexualidade, a existência, a finitude e as dinâmicas familiares na pós-modernidade. A psicanálise surge como elemento social a ser implodido para, logo a seguir, ser reconstruído pela literatura, trazendo à tona o inconsciente coletivo de uma sociedade preconceituosa que não sabe lidar com seus próprios complexos e tabus. O livro apresenta uma variedade de tipo humanos e de situações que propõem, de maneira inventiva e original, reflexões sobre a vida contemporânea onde todos querem ser “incríveis” numa sociedade narcísica e medíocre.