Existem muitas maneiras de se portar perante a vida. Nota-se, no entanto, a visão trivial de que a vida é contingência e pronto. Há que ser vivida, e segue-se a trilha, desempenhando as funções e tarefas que são inerentes a cada etapa. É uma espécie de conformismo, uma postura amorfa diante do grande e profundo acontecimento. E é justamente por não haver essa visão, de grande e profundo acontecimento, que não se lhe dá o real valor. Imergir em uma matéria e, através dela, poder se aprimorar é um enorme propósito e uma imensa aventura. É a viagem espiritual para a busca do crescimento, do burilamento, da ascensão. Se o homem tivesse, desde cedo, essa visão, é certo que daria a cada passo de sua vida, a cada momento, um cuidado muito maior e um esmero em todas as suas ações. Eis, pois, um ponto fundamental a ser revisto, a ser observado, a ser revisado. Como vemos a vida? Como encaramos esta passagem pelo planeta? Estamos prontos a valorizar, de fato, esta oportunidade?